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Infoxicação, o mal da pandemia.

Posted on 30 de julho de 202022 de fevereiro de 2021

Este mês resolvi ser “old school” na hora de trabalhar. Caderno, lápis, borracha e caneta, no lugar do computador. Aproveitei para tirar do armário um dicionário já vencido pelas novas regras ortográficas, mas que no que tange a sinônimos e antônimos, continuava perfeito.

Resolvi limitar meu acesso ao virtual a poucas, pouquíssimas horas no dia, e para tanto, precisei definir o que buscar e o que ler.

Desde o início do isolamento social temos vivido um paradoxo. Se antes falávamos para os filhos saírem da internet, hoje os obrigamos a ficarem horas assistindo aulas e tentando fazer parecer normal esta anomalia cotidiana.

Se antes os serviços de entrega eram pouco usados, agora são tão normais e integrados à nosso dia-a-dia, da verdura ao jantar super requintado.

As redes sociais viraram fonte de referência, o “mister google” nosso melhor amigo. E, se não soubermos fazer bom uso do bombardeio de informações – verdadeiras, plantadas, falsas como uma nota de R$3,00 e as catastróficas, terminaremos mais cansados e loucos do que já conseguimos ficar desde março, quando as regras de afastamento social ou quarentena foram impostas.

Mas o que tem isso a ver com voltar a ser old school no trabalho? Tem que grande parte de nós, que trabalha em “rome offis” (neologismo das redes sociais para o home office, ou trabalhar em casa) não consegue trabalhar sem ficar além do trabalho, navegando na rede e sendo bombardeado (não tem termo melhor) por informação e mais ainda, por desinformação.

Eu pessoalmente, desde março, já havia decidido que telejornais eu assistiria uma vez ao dia, se tanto. Escolhi o que melhor se ajusta ao meu estilo de narrativa e pronto. Nas redes sociais não apenas por trabalho, já que tenho perfis profissionais, o planejamento de postagens e o de acompanhamento têm que ser um cuidado constante, por que senão é um tal de estarmos vendo um perfil e quando reparamos já visitamos outros cinquenta, assistimos um sem número de vídeos e acompanhamos pessoas que não nos acrescentam nada de bom na vida, ao contrário.

O acompanhamento de jornais pela televisão ou virtuais – do número de mortes diárias, de médicos se contradizendo, de políticos ganhando em cima da desgraça alheia, de comparativos sem pé nem cabeça, têm levado muita gente à exaustão, a doenças físicas e psíquicas, quadros de ansiedade e depressão.

Como fugir disso? Reconhecer a infoxicação – termo criado em 1996, pelo físico espanhol Alfons Cornella , descrevendo o neologismo que resulta da soma de “intoxicação” com a “informação”, condição em que se percebe a compulsão pode conteúdos informativos – não apenas da internet, mas de todos os meios, que torna o indivíduo incapaz de realizar uma análise crítica das informações recebidas, e de se abster da quantidade e qualidade das mesmas.

Hoje uma criança de dez anos tem mais informação que reis e imperadores dos século XIX. Tem à sua disposição não apenas a informação escolar, mas viaja por conteúdos legais e ilegais com muita facilidade. Os adultos têm o mundo – literalmente – nas mãos, tornando-se também um divulgador de informações que vão impactar outro tanto de pessoas.

Como saber se você está infoxicado?

  1. Acompanha muita gente nas redes sociais e está o tempo todo voltando a elas, perdendo o que está ao seu redor;
  2. Lê ou assiste notícias compulsivamente;
  3. Acredita piamente nas matérias dos jornais, sem desconfiar de dados, fonte ou conteúdo;
  4. Sofre de aumento de ansiedade se não acompanhar desde as redes sociais aos jornais;
  5. Sente tristeza, estresse ou sentimentos negativos após cada noticiário, e desencanto com a vida, comparando-se com os ‘personagens” das redes sociais (sim, muitos influencers não passam de personagens e a vida deles em nada se parece com a imagem que vendem);
  6. Começo de Síndrome da fadiga informativa (conceito nomeado pelo psicólogo David Lewis, autor do livro ‘Information Overload’, no qual afirma que a overdose de informações pode nos gerar irritabilidade, distúrbios de sono, problemas gástricos, dificuldades de memorização, tensão e estresse, podendo ainda atrair consequências maiores tais como doenças psiquiátricas (depressão, pânico, ansiedade entre outras).

Se você tiver tremedeiras ao ficar sem ler notícias ou mexer em sua rede social, ou tiver ataques de “eu quero! eu preciso!, atenção, você está no caminho de precisar de acompanhamento.

Como resolver?

Resolver não é o termo certo, pois cada caso é um caso. Entretanto, se você se perceber como um infoxicado, a partir de agora, estipule regras para seu comportamento frente às redes sociais e televisão.

  • Reduza o número de perfis para seguir. Dê preferência àqueles que acrescentam alguma coisa de qualidade à sua vida.
  • Determine (e siga) o tempo para permanecer nas redes sociais e navegar por sites da internet, ainda que para pesquisa.
  • Saia de casa sozinho se não estiver nos grupos de risco. Caminhe em volta do quarteirão.
  • Vá cuidar de outros afazeres – plantas, ler, organizar a caixa de ferramentas, jogar paciência. Algo fora do computador ou do celular.
  • Viva seu momento presente sem fotografar para postar. Pode até parecer estranho, mas é possível.
  • Desative todas as notificações das redes sociais e até do famigerado whatsapp. Você vai perceber um incremento de qualidade de vida sem igual. A não ser que seja empresarial.
  • Se não conseguir mesmo se afastar das fontes de tensão ou de dependência, busque auxílio psicológico. Você está deixando de viver sua própria vida para viver a fantasia das redes sociais e adoncendo pelo pesar dos noticiários. E mais, com certeza está se privando de momentos incríveis com sua família, com seus colegas e com você mesmo.

E quanto ao fato de eu estar voltando a ser “old school’ no trabalho, posso até estar perdendo tempo ao escrever no caderno e não diretamente ao computador, mas tenho percebido que minhas ideias fluem muito bem nas folhas brancas de papel; que faço algumas rasuras e muitas flechas para dar ordem e sentido nos textos e nos planejamentos, e desenho em volta dos conteúdos ou entre atividades. Porém, quando sento no computador para repassar o trabalho, o tempo perdido com o caderno é ganho na falta de navegar na internet sem perceber. O computador se resume apenas a uma ferramenta de depósito do material escrito, tabelas e agendas.

Texto: Giana Benatto Ferreira

Foto: Moamar R Rony, por Pixabay.

*Os textos dos colunistas em colaboração são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente expressam a opinião do VIVAZIDADE.

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