Um dos maiores sonhos dos jovens é a conquista de liberdade financeira. Os planos na juventude são de obter sucesso, dinheiro, poder. O dinheiro é para ser gasto agora, em bens pouco duráveis, colocados no mercado com grande alarde – de telefones celulares a carros, dando a entender que a propriedade de um destes itens define a pessoa como bem sucedida.
O tempo vai passando e as demandas crescem. Crescem as famílias e com elas, as necessidades. Com a necessidade, multiplica a oferta de bens no mercado. Com isso, amplifica-se a culpa de não se estar com o último modelo de tudo que é lançado, e que o vizinho – ah, o vizinho – já conseguiu comprar.
Os tão famosos ‘pés-de-meia’, a economia pessoal e familiar são consumidos em bens e serviços que muitas vezes são poucos apreciados, aproveitados e completamente desnecessários. É disso que vive o marketing: criar necessidades daquilo que nem pensávamos adquirir.
O viver e aproveitar o agora – cheio de apetrechos – é vendido como imprescindível. Aproveitar tudo que é oferecido e que normalmente não caberia em inúmeros orçamentos, nem em suaves prestações mensais. Entra ano e estamos devendo as férias de julho. No meio do ano seguinte, estamos terminando de pagar as despesas de presentes de Natal que muitas vezes nem existem mais. Um verdadeira roda vida de gastos e dívidas.
Como se preparar para o futuro? Em especial, como se preparar para a velhice?
Algumas atitudes de mudança ou de planejamento, com certeza, serão necessárias. Ainda que não os adultos mais jovens não pensem muito no futuro, para um espaço de vinte a trinta anos, esse é um exercício mental que vale a pena ser feito. Uma projeção de como se vê e se percebe em idade mais avançada.
Para isso, algumas ideias de como se preparar para uma velhice tranquila:
- Poupe, economize. De um modo ou de outro, crie hoje condições para se manter financeiramente no futuro. O antigo “faça uma poupança”. Um bom planejamento financeiro no presente poderá garantir um futuro com menos dificuldades e preocupações. A formação e manutenção do patrimônio a longo prazo propiciam tranquilidade na fase em que as despesas com saúde tendem a aumentar. Poupar desde cedo colabora para que se tenha acesso a saúde, lazer, turismo e bens de consumo que assegurem uma velhice mais segura e feliz.
- Invista em suas amizades. Dispense quem traz energia negativa para sua vida desde agora e invista em quem faz sua vida melhor. Ao mesmo tempo, seja uma boa companhia também para os outros. Faça valer a reciprocidade. Segundo as pesquisas, manter as amizades é o capital mais positivo da velhice, maior ainda que a família.
- Invista na sua saúde. O Vivaz Idade apresenta diversos artigos sobre saúde física e mental. Como o item 1, acima, o capital saúde é adquirido ao longo dos anos. Ainda que se possa começar a se exercitar em qualquer fase da vida (também na velhice), chegar a ela com vigor físico, mental e emocional aumenta a qualidade de vida e a própria longevidade.
- Tenha um projeto de vida . O planejamento pode ser elaborado para o futuro, como uma meta. Em outra situação, agora na velhice, iniciar um novo projeto, baseado em algo que foi deixado para trás, ou pela impossibilidade de tempo, pelos afazeres com a família e o trabalho. Esportes, aprender línguas, pintura, escultura, dançar, fotografia, computação, viajar… quem sabe ainda empreender em um novo negócio profissional, aproveitando as competências e habilidades desenvolvidas ao longo dos anos. Fazer um trabalho voluntário ativo, como compromisso. Que tal voltar a estudar, por prazer mesmo? Aquele curso que não pode ser completado ou não teve a oportunidade de cursar. Estudar e conviver em um ambiente acadêmico é uma aventura indescritível.
Todos querem chegar à velhice lépidos e faceiros. Mas, não há como construir uma reserva financeira, social e emocional sem atitudes no presente. A vida pode fazer algumas surpresas, e sim, o mundo dá voltas. Estatisticamente estamos vivendo mais, com maior qualidade de vida e possibilidades sociais, profissionais e pessoais que não havia algumas décadas atrás.
Somos o nosso maior capital. Nosso comportamento no presente fará diferença na qualidade do futuro.
